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Publicado em: 06/09/2023 - Autor: Eneas Barros - Visto: 367 vezes
Desde pequeno, aprendi sobre a importância do respeito aos mais velhos e de que devemos sempre ouvir os seus conselhos. Hoje, eu acrescentaria que, além de ouvi-los, devemos gravá-los! Insisto: gravar suas lembranças, arquivar suas histórias, para que um mundo de informações não vire pó. Quando uma pessoa morre, não se vai apenas um corpo, mas todas as informações acumuladas em sua vida e que estavam guardadas em algum lugar do cérebro, captadas pela visão, pela audição, pelo olfato e pelo paladar. Verdadeiras bibliotecas se vão, quando alguém morre. Muitas famílias assistem a velhice de seus entes queridos, sem lembrar de perpetuar suas memórias. Lá estão os dados que poderão enriquecer os livros de história, de crônicas de uma época que não volta mais, a não ser por essas lembranças que necessitam de um pouco mais de atenção. Vou dar um exemplo. Durante uma apresentação da orquestra Johann Strauss, do maestro holandês André Rieu, em São Paulo, exibida pela Sky, assisti a uma cena que me comoveu bastante. As sopranos brasileiras Carla Maffioletti e Carmen Monarcha e a sul-africana Kimmy Skota cantavam “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá, imortalizada no filme Orpheu Negro, em 1959. Vou relembrá-los os versos:
"Manhã, tão bonita manhã / Na vida, uma nova canção / Cantando só teus olhos / Teu riso, tuas mãos / Pois há de haver um dia / Em que virás. Das cordas do meu violão / Que só teu amor procurou / Vem uma voz / Falar dos beijos perdidos / Nos lábios teus. Canta o meu coração / Alegria voltou / Tão feliz a manhã / Deste amor”.
A câmera passeava pela plateia, destacando a emoção das pessoas, o choro e o ar de extremo prazer diante de uma música magnífica. Um close foi dado no rosto de um senhor de idade, mostrado nas duas fotos que ilustram esse texto. Exibia um choro contido, levando uma mão ao rosto, como se a música de Luiz Bonfá tivesse descoberto o esconderijo de uma grande lembrança. Aquele momento, aquela forte emoção sentida por aquele senhor traduziu uma vida inteira, um retrospecto, uma impossibilidade de voltar no tempo, atingindo em cheio as suas mais belas memórias. Talvez um grande amor, quem sabe. Aquele pequeno gesto, olhos avermelhados, lacrimejando, a mão levada ao rosto e o olhar fixo no passado me tocou bastante. E só os saudosistas, como eu, entendem o quanto uma música, um perfume, o cheiro no ar são capazes de nos transportar diretamente para um certo momento que não volta mais, por isso dói muito. Quantos mais estão mergulhados em lembranças que ninguém se importa, mas apenas eles mesmos? Manuel da Fonseca, em seu poema Rosa-dos-Ventos, foi mais incisivo: “Quem vem acender os faróis na costa do mar bravo?”.
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