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Publicado em: 03/07/2019 - Visto: 1449 vezes
A história do motorista Gregório incorporou-se à cultura popular, perpetuada em milhares de fiéis que diariamente suplicam para alcançar graças pelos mais diversos motivos. Mas nem sempre o que cai no domínio popular corresponde à verdade. A versão de um crime que abalou a capital piauiense, no final da década de 20, apresenta desdobramentos controversos. Iniciado na cidade de Barras, a pouco mais de 100 km de Teresina, o episódio que envolveu Gregório Pereira dos Santos ainda está envolto em mistérios.
Conta a versão popular que o motorista atropelou uma criança nas ruas de Barras, no dia 14 de outubro de 1927. Era um menino, que veio a falecer dois dias depois. Gregório foi trazido para Teresina, amarrado a uma árvore às margens do rio Poti e executado pelo tenente Florentino de Araújo Cardoso, Delegado de Polícia de Barras e pai da criança. Faleceu com sede e fome, sem que lhe ouvissem as súplicas. Essa é a versão que corre as ruas. No entanto, ainda persistem muitas situações adversas, que culminaram com a dupla tragédia. Embora algumas constatações contradigam a história, por outro lado ajudam a melhorar a sua compreensão.
Fizemos um exaustivo trabalho de garimpagem das informações. Consultamos juristas sobre os procedimentos da época, especialmente sobre a atuação do Tribunal Popular do Júri. O processo movido contra Florentino foi fundamentado na Consolidação das Leis Penais - um documento do desembargador Vicente Piragibe, referendado pelo então presidente Getúlio Vargas para servir de Código Penal Brasileiro, através do Decreto NO 22.213, de 14 de dezembro de 1932. Investigamos fontes encontradas na legislação, em livros antigos, jornais da época, documentos oficiais da justiça, artigos publicados na imprensa, documentários e conseguimos alguns depoimentos de pessoas que conviveram com Gregório ou que viveram na mesma época do crime. Fomos ao local do acidente que vitimou o filho de Florentino e conhecemos a casa onde ele morou e a Casa Paroquial que abrigou Gregório. Vasculhamos os arquivos da igreja. Descobrimos, por exemplo, que o pároco de Barras, padre Lindolfo Uchôa, realizou diversos batizados no domingo em que o filho de Florentino falecera. Visitamos a sepultura do motorista no Cemitério São José, em Teresina. Pesquisamos sobre o veículo que atropelou a criança e conhecemos o modelo da arma utilizada no crime, que deu origem ao título desta obra. Muitos fatos não puderam ser confirmados por estrita falta de fonte de informação. É nesse ponto que a narrativa toma ares de ficção, sem fugir do foco central do romance, para dar vida à época e movimento aos personagens.
Um simples mortal, de vida sem muita expressão, sai do anonimato para transformar-se em mártir de mais de uma geração. A probabilidade do seu poder de cura, como por décadas vem sentindo um povo de fé, é mais um mistério que envolve um paraibano que teve a vida ceifada pelo abuso de poder e pela incontrolável ação de justiça pelas próprias mãos. Disse dele o seu algoz: "Transformei um pecador em santo".
A história do motorista Gregório incorporou-se à cultura popular,...
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