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Continuar lendoBEBA DA MINHA FONTE
Publicado em: 03/07/2019 - Visto: 1474 vezes
Todas as janelas do sobrado davam para a praça João Luís Ferreira, no centro de Teresina. As luzes estavam apagadas e pouco se percebia a silhueta de Beatriz, que àquela hora da noite se aproveitava de uma réstia de luz do poste da rua para vislumbrar o quarto destruído por sua fúria. Passava das nove. Trajava um camisolão branco, que costumava usar para dormir. Estava recostada à parede, de tal forma que era possível, com apenas um movimento da cabeça, vislumbrar a praça. As janelas eram pintadas de marrom escuro, com suaves contornos brancos, para contrastar com o bege das paredes que se erguiam imponentes e davam forma ao casarão. Segurava com visível impaciência um dos filhos pela mão. Era André, cujo choro contido Beatriz não suportava mais. Os cabelos em desalinho emprestavam-lhe um aspecto tenebroso, embora reconhecesse as razões que estavam deixando o garoto bastante assustado e confuso.
Olhou com dificuldade à sua volta e não viu Ana. Sobressaltou-se. Ela deveria estar por ali, em algum canto do quarto. Largou subitamente a mão de André e começou a procurar pela filha, deixando o garoto jogado ao chão. A cada obstáculo posto à sua frente, Beatriz emitia grunhidos enraivecidos e atirava-o para longe. Colchões rasgados, cadeiras e penteadeiras quebradas, guarda-roupa destruído, nada escapava ao frenesi que a dominara. Ana não aparecia nem dava sinais. Abriu a porta e percorreu o corredor, até esbarrar na cristaleira da sala de estar, escondida pela escuridão. Irritada com o súbito impacto, reuniu forças para empurrar o móvel e fazê-lo espatifar-se no assoalho, quebrando os elegantes espelhos que compunham suas laterais e todas as louças que durante anos decoraram as suas prateleiras.
O barulho do móvel despedaçando-se invadiu a noite, enquanto ela procurava a filha nas trevas do primeiro andar. A menina certamente estaria em pânico. Mariinha, que dormia em um pequeno quarto aos fundos, abriu os olhos e apurou os ouvidos, para ter certeza de que o barulho não viera de um sonho.
Havia um homem, recostado a um dos elegantes postes de ferro da praça, que observava os movimentos do andar superior do imenso casarão. Estava ali há algum tempo e procurava adivinhar os passos que seriam dados naquela noite.
Todas as janelas do sobrado davam para a praça João Luís Ferreira, no...
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